terça-feira, janeiro 18, 2011

Review e Gameplay de "The Godfather II"




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Produtora: Redwood Shores Distribuidora: Eletronic Arts
Gênero: Ação em mundo aberto Plataforma: X360/PS3/Pc


The Godfather II ( O Poderoso Chefão 2) é um dos mais importantes filmes da história. Ironicamente um jogo de produção pequena é o que carrega para os videogames um nome tão importante na história da indústria do entretenimento. The Godfather II não é, entretanto, a adaptaçãom direta do filmaço de Copolla. O jogo usa os personagens e universo do cinema em um contexto próprio. A idéia é misturar ação em mundo aberto com pitadas de ação estratégica e microgerenciamento. Saiba aqui se deu certo.

Genérico

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Enquanto o filme possui um roteiro genial e poderoso, a história do jogo é apenas um pano de fundo para a ação. Não entrarei em detalhes, mas é preciso destacar que em qualquer roteiro parte importante da experiência é desenvolver corretamente os personagens. Dar-lhes motivações, medos, paixões. É isso que cria o escopo narrativo a ser explorado durante a história. È esta profundidade que torna palpável o vínculo entre o expectador/jogador/leitor e o personagem. Sem este vínculo é impossível se importar com o destino do indivíduo retratado.
A história de The Godfather não é ruim. Não nos faz colocar as mãos na cabeça em desespero. Ela simplesmente é genérica sem força de prender o jogador em sua trama. Os personagens parecem vazios. A máfia parece estúpida e sem sentido. Talvez se houvesse a presença de filhos, esposa… enfim, algum laço “humano” para que estes criminosos se conectassem houvesse uma exploração mais interessante de suas vidas. A equipe da Redwood Shores parece não ter aprendido as lições que GTA IV ensinou.

Pobreza

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Bastam alguns minutos com as mãos em The Godfather II para perceber que se trata de um jogo de produção bastante pobre. Os gráficos são arcaicos e bem fracos tanto no ponto de vista artistico quanto no técnico. Os personagens são feios e com texturas mal definidas. Os ambientes não possuem identidade e a iluminação é simplória. O jogo não sofre com problemas de slowdown mas os pop-up são uma constante.
Não pensem que o título se sai melhor no áudio. A trilha sonora é inexistente e as únicas músicas são as do rádio do seu carro. Ainda assim elas são baixas, pouco variadas e de qualidade apenas razoável. Os efeitos sonoros são genéricos e claramente reaproveitados do primeiro game da série. A dublagem fica na média, mas a pouca quantidade de diálogos gravados aparece a olhos vistos após algum tempo de jogo. Os personagens estão sempre repetindo as mesmas coisas.

Superficial e Funcional

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A jogabilidade de The Godfather II é bastante sólida. Os comandos respondem com precisão. O tiroteio é simples mas funcional e as mecânicas de execuções e extorsões são simples mas divertem. A dirigibilidade dos veículos é bem simples e, mais uma vez, bem executada em todos os aspectos.
No campo do design o título tenta abraçar vários gêneros e acaba sendo superficial em todos eles. Isso é ruim? Não necessariamente já que The Godfather II arranha a superfície de todos os estilos com competência.
O jogo te coloca no papel de um novo “Don” a serviço de Michael Corleone. Você deve recrutar sua família, escolhendo membros com habilidades diversas. Há aqueles especialistas em bombas, outros em cortar cercas e telefones, brutamontes espancadores e, claro, o médico. Cada um destes indíviduos pode, é as vezes deve, ser usado em situações específicas, além da ajuda nos combates. Para ordenar que eles arrombem um cofre, por exemplo, basta pressionar um botão e protegê-lo por alguns segundos enquanto ele realiza a tarefa. Os designers foram cuidadosos e as construções podem ser invadidas de vários formas possiveis usando quaisquer um de seus “familiares”.
Além de recrutar a familia você deve tomar “negócios” para você, protegê-los e destruir as famílias rivais. Isso é feito de forma simplificada. Vá até o estabelecimento dominado pelos rivais. Mate os guardas e “convença” o dono da empresa a pagar o tributo para você por proteção. Para convencê-lo vale de tudo. Socos, pontapés, ameaçar jogá-lo do telhado… Após isso entra o aspecto do microgerenciamento. Veja o lucro diário do local, paggue a guardas para protegê-lo de acordo com seu valor. Ao se dominar todos estabelecimentos do mesmo tipo se forma um “Crime Ring” e isso te dá bônus especiais. Por exemplo, ser mestre do “Crime Ring” do “entretenimento adulto” faz seus guardas trabalharem por taxas menores. Isso cria a possibilidade do jogador planejar, de acordo com suas necessidades, onde irá atacar primeiro. Ao menos em tese.
Na prática é possivel entrar só em todos os estabelecimentos em qualquer ordem e varrer a existencia os inimigos. O jogo é fácil demais. Não chega a ser tedioso, pois a jogabilidade e a sensação de estar se tornando mais poderoso empolgam, mas o game poderia ganhar em profundidade se exigesse mais planejamento do jogador.
Após algumas horas a mecânica vai se tornando repetitiva. Não há em The Godfather II a variedade de um GTA IV. O esquema de ataques á estabelecimentos impera por 95% da experiência de jogo então se você não gostar das primeiras 2/3 horas do game não se dê ao trabalho de continuar pois não haverão reviravoltas.

Conclusão

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The Godfather II é um daqueles jogos nitidamente “baratos”. A produção é bastante bruta e genérica. Felizmente a jogabilidade funciona perfeitamente e o game design, apesar de repetitivo, é interessante e divertido. Não é um jogo que valha a pena pagar 60 dólares, mas uma locação ou… Bem, vale uma conferida aos fãs de jogos de mundo aberto e  para aqueles que gostam de jogos com elementos de microgerenciamento. Apenas feche os olhos para a produção fraca. Don Corleone merecia mais.



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